domingo, 5 de dezembro de 2010

Direito ou medicina (X)

   Ela estava realmente gostando dele, algo nele despertou algo nela, queria vê-lo todos os dias, mas naquele dia quis conversar, o tempo estava fechado, não muito frio com pequeno espaço iluminado pelo sol no céu.
  Ficou parada no lado de fora do hotel, quando ele saiu, não conseguiu dar cinco passos que ela já o parou e disse desastradamente:
  - Oi.
  Não houve resposta, como o esperado, ele apenas a olhou com uma cara muito séria e confusa afinal o que ela fazia ali.
  - O que você faz o dia inteiro? Além de andar? Você não estuda, nem trabalha, diz então o que você faz?
  Dessa vez ele responde, mas na verdade foi uma pergunta:
  - Como você sabe disso?
  Ela não esperava isso como resposta, e nem podia falar que havia o seguido dias atrás então disse o que veio na cabeça primeiramente:
  - Pela sua cara de vagabundo!- Disse encarando-o.
  Ele fez um sinal positivo com a cabeça dizendo “hm” e acrescenta:
  - Não vou responder sua pergunta- Virou-se e continuou a andar, mas dessa vez não deu nem um passo e ela segura-o pelo braço perguntando?
  - Então não vai responder?- Ela diz isso percebendo a resistência, a dureza que havia nos músculo dele, que mais pra frente deixara ela mais apaixonada.
  Ele se livrou das mãos dela e tornou a andar, sem responder, ela o seguiu, fazendo questão que ele soubesse, que ele percebesse-a e ele percebeu sem dificuldade alguma, andaram assim por muito tempo ele na frente e ela atrás rebolando, fazendo barulho, fazendo questão de sua presença, quase um escândalo à uns três a quatro metros de distancia, ele já estava odiando isto então resolve parar a frente dela, vira se de costa e fica olhando-a ate ela chegar em sua frente e ficar olhando para ele com aquela cara de pau, quando enfim ficaram cara-a-cara, trocando olhares ele interroga:
  - Quando vai parar?
  - O que você faz o dia inteiro?- Perguntou ela com a intenção de obter a resposta primeiro.
  - Só assim você vai parar né?- Diz isso dando uma risadinha super falsa e olhando para o lado.
  - É, pode ser- Levantando as sobrancelhas e abaixando o canto da boca, mas ela não iria parar mesmo com a resposta.
  - Por enquanto não estou fazendo nada, mas ano que vem iniciarei faculdade de direito aqui nesta cidade mesmo, ou me mudarei por não te agüentar mais, e no meu apartamento fico sozinho ou as vezes com meu amigo fazendo nada, assistindo TV, ou lendo um livro?
  - Então vai cursar uma faculdade?
  - Vou ter que repetir? Posso ir?
  - Mais uma pergunta, faculdade de que?
  - Afinal o que você quer de mim?
  - Faculdade do que?
  - Direito.- Já se vira e não deixa tempo dela responder
  Ela ficou lá parada, e não estava mais indecisa sobre a faculdade, ficou lá com um sorriso no rosto com uma cara de quem tinha um plano e que nós já sabemos o que é. Tinha duas certezas: Não queria mais segui-lo, já estava satisfeita e que não queria mais medicina, preferiu o direito.

                                                                                   <Fim do 10° capítulo>

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